Afinal, o que significa a sustentabilidade dos alimentos? Que benefícios terei com isso? Mas, mais importante do que isso, ao ter em conta uma alimentação sustentável estarei a poupar significativamente ao fim do mês? A resposta é sim. Se aproveita todos os alimentos, da melhor forma possível, sem desperdício alimentar, conseguirá confecionar mais refeições e, consequentemente, notar uma diferença nas suas poupanças mensais. E se, ao realizar uma alimentação sustentável, estiver a ajudar-se a si próprio, aos outros e ao planeta?
Sustentabilidade na alimentação
A sustentabilidade de algo é identificada como a capacidade de utilização de um dado recurso que possa satisfazer determinada necessidade, sem comprometer o uso desse recurso para satisfazer necessidades de gerações futuras.
A implementação dos princípios da sustentabilidade, no nosso dia a dia, não é só benéfica para o planeta como também para nós próprios. Não é por acaso que este conceito é frequentemente associado ao conceito de poupança.
No que concerne à sustentabilidade alimentar, não há um consenso sobre o tema, uma vez que existem diferentes visões sobre o que este conceito engloba. Ainda assim, existem diversos tópicos que são lineares à maioria dessas visões, por exemplo, o facto de todas elas defenderem o ato de consumir de forma consciente e responsável, sem contribuir para o desperdício alimentar.
A alimentação é uma necessidade básica de todos nós. Contudo, a produção e o consumo de bens alimentares são duas das coisas que mais têm impacto sobre os recursos do mundo e do planeta.
Como posso ter uma alimentação sustentável?
Parece, à priori, um hábito difícil e complexo de se aplicar. Todavia, ter uma alimentação sustentável é bem mais simples do que aquilo que parece. Damos-lhe alguns exemplos práticos:
- Escolha alimentos seguros e de qualidade – é importante que conheça a marca que está a consumir, no que diz respeito à forma como produzem os alimentos bem como as práticas sustentáveis que aplicam.
- Reaproveite todas as sobras das refeições, bem como todas as partes dos alimentos – é comum achar que não consegue aproveitar uma dada parte de um alimento ou uma sobra de refeição? Engana-se. Consegue aproveitar todas as partes com um pouco de criatividade e imaginação;
- Consuma bens alimentares que provenham de fortes indústrias de alimentos em termos de emprego e crescimento.
- Opte por comprar produtos portugueses – a sustentabilidade na alimentação também engloba práticas e princípios que contribuam para a sustentabilidade noutros ramos. Ao adquirir produtos nacionais, estará a ajudar a economia portuguesa.
Exemplo prático: um frango dá para quantas refeições?
O frango é uma carne bastante versátil, que proporciona a criação de diversos pratos tradicionais, o que lhe permite cozinhar diversos tipos de refeições, com base nos seus gostos e preferências. Sabia que um só frango inteiro com miúdos lhe possibilita a opção de aproveitamento deste bem para variadas refeições? Ora vejamos:
- Miúdos do frango: podem ser utilizados para fazer um arroz de miúdos ou para incorporar numa sopa, nomeadamente, uma canja;
- Sobras do frango: é possível preparar saladas com as sobras, que são uma ótima solução em qualquer altura do ano, em especial no Verão. Por outro lado, se elaborou, por exemplo, um frango assado no forno e sobrou após a refeição, poderá desfiá-lo para um novo prato;
- Desfiar o frango é uma das técnicas que permite a rentabilização deste alimento, uma vez que conseguimos confecionar uma refeição com menos quantidade de frango, mas igualmente completa: poderá elaborar um frango à Brás, arroz de frango ou até mesmo um empadão;
- Carcaça do frango: pode ser preparado um caldo de frango para utilizar em futuras refeições;
- Peito do frango: se é fã de entradas gulosas, o peito do frango é uma ótima parte para aproveitar na confeção de um patê de frango.
- Complementar a refeição com legumes e vegetais: ao colocar estes alimentos no prato, por exemplo, num frango guisado, permite equilibrar a sua refeição com todos os nutrientes necessários e a reduzir a quantidade de carne consumida.
Há quem diga que na cozinha é muito importante o uso da criatividade. Aliando o lado prático e funcional, consegue rentabilizar os seus alimentos e não contribuir para o desperdício alimentar.
Independentemente do número de pessoas que irão consumir as refeições, o aproveitamento deste bem alimentar pode ser feito sempre da mesma forma sendo que, a única coisa que varia, é a quantidade de frangos que irá necessitar. Depois, basta replicar esta prática para outros alimentos como o pato inteiro, em que o pode preparar no forno (as pernas e o peito) e o restante ser utilizado para fazer um arroz de pato.
Não obstante, existem outros hábitos que podem influenciar a sustentabilidade alimentar. Um exemplo prático e simples: enquanto tem a água do banho a aquecer, coloque-a num jarro ao invés de a desperdiçar e poderá utilizá-la na confeção dos alimentos. Por sua vez, poderá voltar a reaproveitar essa água. Por exemplo, ao cozer um frango para uma salada, ao invés de deitar a água fora, pode aproveitar também essa água para fazer uma canja.
Dê asas à sua imaginação, mas, sobretudo, ao seu lado prático, funcional, amigo do ambiente e amigo das suas próprias poupanças.
